8 situações clichês dos filmes que são bem diferentes na realidade

8 situações clichês dos filmes que são bem diferentes na realidade

Há muitos filmes que assistimos sabendo que são pura fantasia, como Harry Potter ou Star Wars. Mas há muitas histórias mais realistas, ou de ficção científica, que exigem uma maior coerência com a realidade. A narrativa nos faz pensar que aquilo poderia, de fato, acontecer.

Contudo, a física do mundo real é bem diferente da hollywoodiana. Explosões gigantescas com heróis que saem andando, por exemplo, são totalmente impossíveis. E essa está longe de ser a única “mentirinha” que os filmes contaram para nós.

A verdade é que muitas dessas situações são exageros para deixar o filme mais interessante ou permitir que o roteiro continue. Se o herói morresse na explosão, o filme acabaria, né? De qualquer forma, essa lista mostra oito situações dos filmes que são impossíveis — ou bastante diferentes — na vida real. 

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1. Caminhar de forma triunfal após uma explosão

(Fonte: Tenor.Gif)(Fonte: Tenor.Gif)

Em quase todo filme de ação — como no gif acima —, temos uma cena eletrizante onde o herói arrisca sua vida, há uma explosão atrás dele, mas ele caminha triunfalmente enquanto o mundo inteiro é destruído. No máximo, ele se joga para se proteger, mas logo está de pé novamente.

A realidade é que uma bomba explodindo gera uma onda de choque, deslocando tudo que há pela frente, inclusive pessoas. Além disso, estilhaços de bomba, de objetos destruídos por ela, bem como o fogo, podem causar graves ferimentos. Qualquer pessoa a menos de 50 ou 100m de uma bomba dificilmente sairia ilesa como os heróis dos filmes de ação.

Inclusive, no filme Os Outros Caras (2010), o personagem do ator Will Ferrell é atingido por uma explosão, cai e se fere — mais ou menos como acontece na realidade. Então, ele comenta que sua situação foi diferente do que viu nos filmes. Ah, a metalinguagem…

2. Silenciadores de arma que silenciam tudo

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

Quando o herói quer surpreender seu inimigo nos filmes de ação ou suspense, basta instalar um silenciador em sua arma. Aí, ele chega de mansinho e dá um tiro certeiro, que quase não faz barulho. Parece até aquelas arminhas de dardos NERF do seu priminho. 

Mas esses equipamentos são bem menos “potentes” na vida real. Eles suavizam o estouro dos gases dentro da arma, diminuindo o barulho em 20 a 35 decibéis. 

Mesmo assim, há outras coisas que causam ruído num disparo, como a velocidade da bala, que ultrapassa a barreira do som. Em vista disso, é impossível obter o silêncio absoluto dos tiros de filmes. A verdade é que os silenciadores são mais usados para diminuir os danos à audição de quem atira do que para surpreender inimigos. 

3. Presos sempre têm direito a uma ligação

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

Quando uma pessoa é presa nos filmes, é comum vermos ela exigindo “seu direito a fazer uma ligação telefônica”. 

Mas a realidade é que a lei norte-americana varia país para país e de estado para estado: na Califórnia (onde fica Hollywood), a pessoa tem direito a fazer três ligações num período de três horas após sua prisão. Já no Tennessee, você nem pode ser fichado antes de conversar com o seu advogado ou um parente.

No Brasil, aliás, a lei garante que os presos sejam informados dos seus direitos, recebam uma nota informando o motivo da prisão em até 24 horas e entrem em contato com seus familiares e advogados — mas não especifica se será por telefone. A prática varia nas delegacias. 

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4. Capacetes que iluminam o rosto dos astronautas

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

Na vida real, os visores dos capacetes de astronautas são revestidos em ouro, para protegê-los da radiação solar e permitir que eles enxerguem o ambiente com clareza. Mas, de fora para dentro, não se enxerga nada.

Já em Hollywood, parece que há luzes dentro do capacete para que a gente veja os rostos… 

Mas essa “mentira” é compreensível, uma vez que as expressões dos atores são essenciais para contar a história. Imagine um filme como Gravidade, do gif acima, que se passa quase todo no espaço, sem que a gente pudesse ver o rosto de Sandra Bullock. Não dá, né?

5. Pessoas que desmaiam instantaneamente com clorofórmio

(Fonte: Tenor.Gif)(Fonte: Tenor.Gif)

Essa é outra “mentirinha” compreensível dos filmes. Na vida real, substâncias como clorofórmio e éter realmente levam pessoas à inconsciência — mas só depois de alguns minutos e quando doses altas são administradas. Por isso, chegar por trás de alguém com um paninho molhado e botar a pessoa para dormir instantaneamente é impossível.

Mesmo assim, esse é um recurso conveniente para tirar personagens de cena rapidamente. Fazer isso de forma realista poderia tornar as cenas bem mais complicadas. 

6. Chupar o veneno de uma cobra

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

O Instituto Butantã adverte: diferente do que você vê nos filmes e séries, não se deve chupar o veneno de uma cobra pela ferida da pessoa que foi picada. 

Para começar, o veneno se espalha rápido pela corrente sanguínea, de modo que a sucção não será o suficiente para fazer o veneno voltar. No máximo, os microorganismos da sua boca vão infectar a ferida. Fazer torniquetes ao redor da ferida também não adianta: se muito, isso fará o veneno se acumular numa região, aumentando os riscos. 

O melhor é manter a pessoa calma e levá-la imediatamente para um serviço de saúde, onde ela poderá receber o tratamento adequado. É importante lembrar que nem todas as cobras são venenosas e nem todo ataque de cobra peçonhenta libera veneno.

7. Os humanos usam só 10% do cérebro

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

Mais do que um exagero hollywoodiano, esse é um mito sobre o cérebro que costumamos ouvir com frequência por aí. Filmes como Lucy (2014) e Sem Limites (2011) baseiam suas histórias nesse mito, mostrando o que aconteceria com uma pessoa que desbloqueasse os outros 90% da capacidade cerebral com drogas especiais.

Muitas pesquisas já mostraram que todas as áreas de um cérebro saudável são ativadas com frequência, em diferentes atividades. Além disso, se essa história fosse verdade, a maioria das lesões no cérebro não teriam nenhuma consequência — já que não usamos tão pouco. Por fim, temos a evolução: não faria sentido nosso organismo gastar energia para manter um cérebro maior do que o necessário.

8. Esperar 24 horas para denunciar um desaparecimento

(Fonte: Giphy)(Fonte: Giphy)

Essa “mentira” pode ser vista em filmes, séries e até nas novelas brasileiras: quando alguém desaparece, as pessoas se desesperam ainda mais porque precisam esperar 24 (ou 48) horas para avisar à polícia. Só depois desse tempo é que eles começarão a busca.

Isso não faz sentido na lei dos Estados Unidos, nem na brasileira. Inclusive, recomenda-se que a ocorrência seja registrada rapidamente, para aumentar as chances de encontrar a pessoa.