5 cidades brasileiras que mudaram de nome

5 cidades brasileiras que mudaram de nome

Mudar o nome de uma cidade dá trabalho, mas não é raro. De acordo com dados do IBGE, quatro cidades trocaram seu nome em 2020, juntando-se ao total de 131 municípios que alteraram seus nomes desde 1938. Atualmente, são dois os principais motivos que levam à alteração de nome: homenagens a personalidades, políticas ou não; correção ortográfica.

Todavia, o movimento já foi comum desde 1500, e suas motivações foram sempre muito políticas, seja por quem governasse a região, ou pela nacionalidade de seus ocupantes – diferentes regiões do Brasil foram dominadas por outras nações além de Portugal. Pensando nisso, vamos recordar grandes cidades brasileiras que já tiveram outros nomes. Confira.

1. Campinas, São Paulo

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Campinas é uma das maiores cidades do estado de São Paulo, popularmente conhecida como “a cidade das andorinhas”. Mas a terra do compositor Carlos Gomes nem sempre teve esse nome que hoje conhecemos. A região serviu de caminho para que os bandeirantes abrissem rota em direção ao sertão de Goiás e Mato Grosso.

O primeiro pedaço da trilha, aberta entre 1721 e 1739, recebeu o nome de “caminho dos goiases”. Na região, uma pousada foi aberta e batizada de “Campinas do Mato Grosso”, tudo porque havia três pequenos campinhos em meio à mata. Naquele momento, todo o território ali pertencia à Vila de Jundiaí.

Quando em 1772, os moradores da região solicitaram a construção de uma nova capela, foi o pontapé inicial para a emancipação da área, que se tornou Vila de São Carlos, em 1797. E até 1842, foi assim que a cidade fundada por Barreto Leme foi conhecida. A razão? Pra tornar mais simples.

2. Belo Horizonte, Minas Gerais

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Belo Horizonte é uma das primeiras cidades brasileiras planejadas. Porém, antes da bela capital mineira receber seu sugestivo nome, o município era conhecido como Curral del Rei. A mudança ocorreu na mesma época em que o Brasil se tornou uma república.

Seus habitantes consideravam que o nome era um sinal de atraso, já que se associava com o sistema de governo que havia ficado para trás. Para tal, o então governador, João Pinheiro da Silva, precisou dar seu aval. O novo nome foi decidido em 1893, já a cidade ficou pronta em 1897.

3. Belém, Pará

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Uma das capitais brasileiras mais antigas, fundada pelo capitão português Francisco Caldeira Castelo Branco em 1616, Belém nem sempre foi conhecida por esse nome. Originalmente povoado colonial português, foi criado com o nome de Feliz Lusitânia, área que hoje ocupa o bairro da Cidade Velha, conhecido como Centro Histórico.

Por cinco anos manteve essa alcunha, até o momento em que foi elevado a município com a denominação de Santa Maria de Belém do Pará. As posteriores mudanças sempre foram feitas visando simplificar, até chegarmos a Belém.

4. Fortaleza, Ceará

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A bela cidade de Fortaleza, capital do Ceará, foi erguida e batizada como Nova Lisboa. A mando da União Ibérica, a expedição lusitana comandada por Pero Coelho de Souza se estabeleceu na região, que hoje compreende o bairro de Barra do Ceará.

Acontece que por diferentes fatores, Pero Coelho abandonou a região, que passou por diferentes mãos, inclusive por holandeses. À época, eles ocupavam o Recife, e de lá partiram para Nova Lisboa, onde construíram o Forte Schoonenborch. Ele foi a inspiração para o novo nome da cidade, em comemoração à expulsão holandesa em 1654. 

5. Natal, Rio Grande do Norte

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Outra cidade que passou pelo comando holandês. O município foi fundado no natal de 1599, e em 1633 foi tomada pelos holandeses, que a rebatizaram com o sugestivo nome de Nova Amsterdã. Ali, permaneceram por longos 21 anos.

A retomada do nome original, Natal, foi uma espécie de celebração, mais do que paixão pela denominação. Apesar da retomada portuguesa, a região viveu longos períodos de instabilidade, especialmente pelos conflitos com os povos originários.